sábado, 25 de agosto de 2007

AH, o Terra ...

http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI1841121-EI1141,00.html
Vamos dar o telefone do Brasileirinhas ... quem sabe o referido anão não descola um emprego num filme de gang bang com anões, junto com o Tevez do Pânico.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Desperdício

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1810729-EI306,00.html

Não é de hoje que se sabe que, aqui no Brasil, jogamos fora muita comida, enquanto gente passa fome.

Haja visto o caso da hipersafra de batatas, que com o preço baixo levaram produtores a jogar cargas no lixão.

Agora, mais esta.

Uma dúvida: se a carne estava no prazo de validade, assim como as batatas, o produtor prefere jogar no lixo ou enterrar, a dar a quem tem fome ou precisa?


Definitivamente, esta inversão de valores me dá asco.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Histórias de quando se amarrava bit com linguiça II

Na época em que começei a trabalhar, eram os tempos áureos do DOS.

A gente tinha de se virar e fazer acontecer as coisas. Nada de frameworks prontos, que transformam qualquer idiota em programador. O buraco era mais embaixo.

Um dia, resolvi ajudar um amigo meu numa rotina em Assembly, que exibia o logo da empresa e mais um reloginho, no canto inferior direito da barra de status de um sistema Clipper. Este meu amigo quis inventar mais moda, e fazer o logo da empresa ficar deixando uma letra por vez mais clara, como um letreiro de cinema. Então, perdemos um puta tempo manipulando os bits de intensidade das letras, até deixar tudo funcionando.

Eis que ele foi, todo animado, mostrar para o cliente. No meio da apresentação, o cliente vira e fala:


- Porra, tá show de bola. Mas dá para tirar este reloginho e este letreiro???

Histórias de quando se amarrava bit com linguiça

Sou analista de sistemas, com 18 anos de área. Ainda não sou velhinho, apenas começei cedo.

Quando começei, os PCs não tinham HD, não existia Web e os disquetes eram de 5 1/4 ou 8. Enormes e guardavam poucos dados.


Existia uma revista chamada Microsistemas. Esta revista trazia muitos artigos de programação, a maior parte em baixo nível. Existiam listagens em hexadecimal de programas .COM, que poderiam ser digitados em um editor binário como o Norton Utilities e gravados, tendo um programa funcional.

Particularmente, eu nunca tive muito saco para isto. Mas um dia, um camarada meu leu: PacMan.COM, e a listagem. Só para saber, a troca de programas era de usuário para usuário, através de troca de disquetes. Um sistema operacional tinha, fácil, uns 60 a 100 disquetes para instalar. Uma promiscuidade sem fim.

Meu camarada queria ter o PacMan. Resolveu digitar o binário no Norton Utilities. Saí do trabalho 18 horas, ele ficou. Cheguei no dia seguinte ás 7:30, havia uma pizza vagabunda roída pela metade e ele terminando de digitar. Alucinado.


Terminou. E executou o programa.

E um grande pinto com 2 bolas se desenhou na tela ...

Brasileiro é um péssimo comprador de segunda mão

Pois é: Você batalhou e conseguiu o que queria: sua casa e seu carro.

Um dia você resolveu vendê-los: Começou o seu calvário. Por algum motivo que se desconheçe, os brasileiros são péssimos compradores de coisas de segunda mão. Acho até que pode existir internamente uma pontinha de inveja mal contida, de você ter um bem a vender e o outro não o ter (porque, caso o tivesse, não estaria comprando o seu).

Digamos que você sempre cuidou do seu carro. Tem seguro do danado, mantém revisado. Lava, conserva. Um dia, por um descuido (muitas vezes dos outros), você levou uma batidinha de qualquer magnitude em alguma parte.

Já mencionei: você cuida. Leva ao funileiro, o mesmo dá um valor. Você nem ao menos usa o seguro, pois senão perderá pontos (outra coisa estranha: pague o seguro. Mas se usar ... está fudido !!!). O trabalho fica perfeito. O funileiro é pró.

Daí, você resolve fazer uma grana, e resolve vender o carro. Chegam os compradores. O cara se joga debaixo do carro, fica de ponta cabeça, cheira o interior. Daí, com seus olhos de águia (todo comprador acha que o tem), vira e fala:

- Esta peça foi pintada.
- Sim, foi. Tomei uma batida e arrumei.
- Ah, mas o carro foi batido.

Olhem o paradoxo: você cuida do patrimônio ! Tomou uma batida e resolveu arrumar o carro. Por causa disto, o particularzinho que veio comprar se acha no direito de achar que o seu carro não vale para comprar porque você CUIDOU DELE.

Fico vendo aqueles programas de Tv, como Overhaulin': Os caras pegam os carros, arrumam a funilaria, motor, e pintam. Nos EUA, um cara compraria o carro sem problemas, afinal, foi reformado. Antigamente, no Brasil, era usual os donos de carros mandarem pintar as carangas, até mesmo mudar de cor. Agora, com o crescimento do poder aquisitivo, acham-se no direito de querer comprar um carro, e não por defeito somente no caso do mesmo ter sido apenas guiado por uma velhinha aos domingos ( para ir a missa ).

Raciocinando: Se fosse no Brasil, o feliz proprietário de um dos carros reformados não venderia seu carro nem a cacete. Agora, vá vender seu carro na concessionária, ou tentar usá-lo para comprar outro. O cara olha seu carro de longe, e compra no ato.

Outro problema são os apartamentos. Você tem um apartamento e resolve vendê-lo. Seu apartamento está reformado 100% (muitos por aí reformam a sala, os quartos, e deixam cozinha e área de serviço para lá). Bota um anúncio no jornal.

O povo começa a ligar:

- É andar alto? É de frente? Está reformado? Tem garagem demarcada? Tem lazer no prédio? Tem gás encanado? Tem sacada? Tem suíte?


Olha como são as coisas: A maior parte dos apartamentos ( pelo menos, na cidade onde moro) são construções de 30 anos. Grande parte deles já trabalharam em modernização. Mas coisas como playground, suítes e o tal gás encanado são novidades de 15 anos para cá. Antigamente, os construtores cagavam para isto.

A coisa fica um pouco pior quando seu apartamento é de primeiro andar. Por algum motivo desconheçido, os malditos acham que um apartamento de primeiro andar impecável é menos valioso que um apartamento de sétimo andar NO MESMO BLOCO, SÓ QUE DESTRUÍDO.

Você resolve vender o seu lindo apartamento de primeiro andar. Começam as ligações. Depois de uns 20 corretores sanguinários querendo comercializar o imóvel (é difícil entender: SE EU GASTEI UMA GRANA NUM ANÚNCIO, EU NÃO QUERO CORRETOR, CÁSPITA!), liga um morador de imóvel alugado que quer pegar uma carta de crédito. Ele irá pagar pela sua fúria:

- O imóvel é andar alto?
- Ééééé ....

- Tem garagem demarcada?
- Teeeeem ...
- Tem sacada?
- Teeeeeeeeeeeeem ...
- Tem suíte?
- Teeeeeeeeeeemmm ....
- Tem gás encanado.
- Teeeeeeeeeem. E digo mais, tem sauna e ofurô no terceiro ambiente da sala.
- Caralho ! Tem mesmo?
- Claro que não, porra ! Você acha que teria tudo isto pelo preço que estou vendendo?

Conclusão da minha bronca de hoje:

  1. Que todas as cidades tenham trituradores de automóveis. Os seguros podem ser caríssimos, mas que considerem perda total qualquer batidinha mínima, visto que seu saco será torrado caso você a sofra, e arrume o carro.
  2. Ou ainda, não arrume o carro. Assuma que tomou a batida. Quem sabe, o comprador se apiede de você e não desmereça o carro.
  3. Construtores: Façam um vão livre no que seria o primeiro andar. Que todos os primeiros andares sejam numerados como segundo.
  4. Façam apartamentos com todas as janelas para a frente. Se o seu apartamento for de fundo, você também está fudido.

Definitivamente, brasileiro é um bicho muito besta.